Resumão da Semana - 30 de junho a 04 de julho de 2025 - A grama do vizinho e outras mentiras que você conta para si mesmo
AVISO: RESUMO DE SÁBADO Galera do Café com Mandl, sabe por que sábado é especial? É quando junto tudo que rolou na semana num post só. Um café reforçado: conteúdo que você viu por aí + uns extras que guardo só pra esse dia. Uma parada pra você começar o fim de semana com a cabeça diferente.
Se você tem preguiça de ler o resumão da semana, toma aqui a versão preguiça-friendly:
Calendário é o único lugar onde não dá para mentir - ele mostra exatamente quem você é e onde está indo.
Engraçado como a grama do vizinho sempre parece mais verde até você descobrir que ele paga jardineiro para pintar de verde.
Ser o mais barato é fácil - qualquer um consegue. Ser o mais caro e ainda assim escolhido? Isso separa quem vende de quem mendiga.
Negociação que não anda é como remédio sem receita - você não sabe se vai curar ou matar o paciente.
Dar preço sem contexto é como receitar remédio sem ver o doente - pode até acertar, mas provavelmente vai fazer besteira.
Só o essencial, direto e reto. Como um café sem açúcar.
SEGUNDA
Seu calendário é um mentiroso profissional
Existe um teste simples para saber se você está no caminho que acha que está.
Olhe seu calendário.
Sua semana está dirigida para um único objetivo?
Os gênios da história recente focam em um só objetivo por semana.
Steve Jobs dedicava semanas inteiras apenas ao design do iPhone. Bezos passava dias só pensando em logística.
O resto fica com a equipe.
Vendas é igual, só que dez vezes pior.
Se o calendário não reflete o pipeline, problema sério.
Resultados não vêm de foco difuso. Se vierem, é sorte, não trabalho.
Calendário é o único lugar onde não dá para mentir.
Ele mostra exatamente quem você é e onde está indo - ou não está.
TERÇA
A grama do vizinho e outras mentiras que você conta para si mesmo
Parece papo de coach, mas quem nunca olhou para a grama do vizinho?
Pensamos como as coisas poderiam ser melhores.
Sinto muito, a maioria nunca vai mudar.
Territórios com mais compradores, clientes mais bonzinhos, chefes mais compreensivos.
Nenhuma dessas variáveis dá para controlar.
Duas coisas sim. Uma óbvia, bem coach. A outra, realista.
Primeira: você só controla quanto melhora e trabalha. Papo de guru de sofá.
Segunda: existem coisas que sempre serão contínuas, como ser pai, mãe, irmão.
Zele por elas mais que qualquer outra.
Para essas, não existe demissão.
Engraçado como a grama do vizinho sempre parece mais verde até você descobrir que ele paga jardineiro para…. pintar de verde.
QUARTA
Mais Caro ou Barato? A história, não o preço, vende
Vendedor adora se posicionar como o mais barato.
Nenhuma empresa reina nisso por muito tempo.
Faça o plot twist: quando for mais caro, assuma que é o mais caro.
Loucura?
Para quem não sabe argumentar o porquê e o valor que traz, ser mais caro é pesadelo.
Se você está nessa situação, é sua obrigação saber falar isso.
Manter foco no preço é armadilha gigante.
Essas discussões se afastam do real impacto da solução.
Cliente não compra "a solução" da sua empresa.
Cliente compra "a solução para o problema dele".
Diferença sutil, mas fundamental.
No fim, preço é só o bilhete.
A história que você conta é o que fecha.
QUINTA
Negociação lenta é qualificação mal feita
Os gurus apresentam técnicas mirabolantes para isso.
A real é que depende de uma coisa não associada à negociação em si.
A coisa fica dilatada quando não existe o óbvio: boa qualificação.
Vendedor não entendeu o que é realmente importante ao cliente, além do preço.
Não adianta só saber que problema o cliente resolve com sua solução.
Tem que saber o impacto que isso gera na companhia.
Sem impacto? Chance de fechar é tão pequena quanto.
Deal travado. Travou na qualificação.
É como dizem, acelerar é saber antes.
Ou você patina na esperança.
SEXTA
Dar preço no escuro é tiro no próprio pé
Parece coisa básica, mas acontece muito em vendas.
No B2C é modo normal. No B2B tem muita nuance.
Se o outro lado for comprador profissional, tudo bem também.
E se não for?
O conceito é simples.
Vendedor precisa entender o que acontece. Depois manda o preço adequado.
Não antes de saber detalhes. Sem ansiedade.
E se o outro lado só quer preço mesmo? Sem conversa.
É a loteria que você já conhece quando compra bilhete da mega-sena.
Qual a chance real de dar certo?
Dar preço sem contexto é como receitar remédio sem ver o doente - pode até acertar, mas provavelmente vai fazer besteira
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